sexta-feira, junho 05, 2009

Nós e a exploração infantil

Embora a incidência de trabalho infantil esteja a diminuir, um grande número de crianças continua a trabalhar e por um longo período de horas. O Departamento de Estatística da Organização Internacional do Trabalho estimou em 2000 que, mundialmente, existiam à volta de 211 milhões de crianças, entre cinco e catorze anos de idade a trabalhar, sendo, Ásia, África e América Latina os países que registaram as maiores percentagens. As principais razões para algo de tal forma tão cruel como o trabalho infantil são muitas, de entre as quais se destacam a pobreza e o analfabetismo. A pobreza torna por vezes tamanhas dimensões, levando às famílias dessas crianças a vendê-las por valores baixíssimos. Por outro lado a baixa educação das famílias faz com que eles acreditem que mais crianças remeta para uma renda extra para a família. O alto nível de mortalidade infantil, mais uma vez causado pela pobreza e pelo baixo nível de educação, aumenta a crença de que “mais crianças mais dinheiros”. Sabemos porém que não é isso o que se verifica, embora aquelas e todas as outras crianças continuam a ser utilizadas, sem receber um mínimo de educação, seguro de saúde ou nem mesmo direito à própria infância. Este é um ciclo vicioso difícil de ser quebrado. Torna-se então urgente que todas as crianças, vítimas destas práticas recebam a importância que merecem, é necessário fazer algo que possa melhorar as suas vidas.